No caso dos hospitais, a terceirização do serviço de médicos e enfermeiros pode gerar alta rotatividade de profissionais, prejudicar a qualidade do atendimento à população e retirar direitos dos trabalhadores.

A terceirização de serviços é uma prática cada vez mais comum no mercado, visando a obtenção de mão de obra por um valor mais barato que a contratação direta. No entanto, na área da saúde, essa prática pode ter graves consequências para a qualidade dos serviços prestados à população.

Os hospitais que optam pela terceirização de serviços médicos e de enfermagem podem gerar alta rotatividade de profissionais, o que acaba prejudicando a qualidade do atendimento.

Além disso, a economia pretendida pelos hospitais pode afetar a quantidade de trabalhadores contratados e retirar direitos dos profissionais da saúde e pode gerar outros problemas, como a falta de cursos e treinamentos adequados, o risco de contaminação por profissionais mal treinados ou não capacitados, o uso de equipamentos de péssima qualidade e produtos químicos não qualificados para uso em ambiente hospitalar, entre outros.

É importante lembrar que a terceirização de serviços médicos e de enfermagem pode ser uma fraude ao contrato de trabalho, exigindo prestação de serviço que envolve subordinação, controle de horários, pessoalidade e remuneração, mas sem reconhecimento do vínculo trabalhista.

Portanto, é preciso garantir que os direitos dos profissionais da saúde sejam respeitados, mesmo em situações de terceirização. Afinal, quando se trata da saúde de seres humanos, não se pode pensar apenas em números e em cálculos de custo-benefício.

A qualidade do atendimento deve ser sempre a prioridade.